quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Apartheid

"Em 1487, quando o navegador português Bartolomeu Dias dobrou o Cabo da Boa Esperança, os europeus chegaram à região da África do Sul. Nos anos seguintes, a região foi povoada por holandeses, franceses, ingleses e alemães. Os descendentes dessa minoria branca começaram a criar leis, no começo do século XX, que garantiam o seu poder sobre a população negra. Essa política de segregação racial, o apartheid, ganhou força e foi oficializado em 1948, quando o Partido Nacional, dos brancos, assumiu o poder.

O Partido Nacional representava os interesses das elites brancas, especificamente da minoria boere. Após 1948, o sistema de segregação racial atingiu o auge. Foram abolidos definitivamente alguns direitos políticos e sociais que ainda existiam em algumas províncias sul-africanas.

As diferenças raciais foram juridicamente codificadas de modo a classificar a população de acordo com o grupo social a que pertenciam. A segregação assumiu enorme extensão permeando todos os espaços e relações sociais. Os casamentos entre brancos e negros foram proibidos.

Os negros não podiam ocupar o mesmo transporte coletivo usado pelos brancos, não podiam residir no mesmo bairro e nem realizar o mesmo trabalho, entre outras restrições. Os brancos passaram a controlar cerca de 87% do território do país, o que sobrava se compunha de territórios independentes, mas paupérrimos, deixados aos grupos sociais não-brancos."

Declínio do apartheid

"O apartheid é o único caso histórico de um sistema onde a segregação racial assumiu uma dimensão institucional. Essa situação permite definir o governo sul-africano como uma ditadura da raça branca.

Na década de 1970, o governo da África do Sul tentou em vão encontrar fórmulas que pudessem assegurar certa legitimidade internacional. Porém, tanto a ONU (Organização das Nações Unidas) como a Organização da Unidade Africana, votaram inúmeras resoluções condenando o regime.

No transcurso dos anos 70, a África do Sul presenciou inúmeras e violentas revoltas sociais promovidas pela maioria negra, mas duramente reprimidas pela elite branca. Sob o governo de linha dura, liderado por Peter. W. Botha (1985-1988), tentou-se eliminar os opositores brancos ao governo e as revoltas raciais foram duramente reprimidas.

Porém, as revoltas sociais se intensificaram bem como as pressões internacionais. Em 1989, Frederic. W. de Klerk, assumiu a presidência. Em 1990, o novo presidente conduz o regime sul-africano a uma mudança que põe fim ao apartheid. Neste mesmo ano, o líder negro Nelson Mandela, que desde 1964 cumpria pena de prisão perpétua, é posto em liberdade. Nas primeiras eleições livres, ocorridas em 1993, Mandela é eleito presidente da África do Sul e governa de 1994 a 1999."

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Imagine que você vive em um país onde a população é dividida pela cor da pele. Imagine que você queira ir ao cinema, mas na portaria há um cartaz com os seguintes dizeres: "sua raça não é bem-vinda aqui".
Foi assim que os africanos não-brancos se sentiram por anos. Onde quer que os africanos não-brancos fossem, sempre encontravam uma barreira: "Somente Brancos".


Isso era o Apartheid, que quer dizer "separação" na língua africânder.
Fico imaginando o que leva o ser humano a agir dessa forma. Tratar um ser humano como bicho só por que ele não faz parte da mesma etnia não faz sentido!

Por mais que muitos regimes totalitários tenham acabado, ainda vemos esse tipo de ideologia no mundo! Infelizmente isso nunca acabará! Enquanto houver interesses no coração do homem que passam por cima de vidas humanas, veremos atos de crueldade que manchará a história da humanidade.


 “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15, 12).

Um comentário:

  1. Lamentável..
    Naquele filme "Um Grito de Liberdade" esses fatos são mostrados e é revoltante ver com o ser humano pode ser intolerante baseado nos seus preconceitos..

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