quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Um conto de terror por Cleithyjane Fonseca

Crianças vão para céu, certo?
 "Mamãe me disse que toda criança que morre de modo doloroso e violento vai para o céu.

Ela me disse isso porque eu perguntei para ela quem vivi no céu e como se chega lá. Eu queria saber porque queria levar todos do meu vilarejo para o céu!
 Eu me chamo Anya e tenho 7 aninhos, moro em um vilarejo com poucas pessoas. Todos os meus amiguinhos são crianças boas e felizes. Eu quero que eles vão para o céu quando morrerem... Mas para isso eles teriam que morrer de forma dolorosa e violenta.

 Eu não posso pedir para ninguém fazer isso, pois eles são meus amiguinhos. Eu desejo que eles vão para o céu, mas eles fizeram coisas erradas... Eles mataram um gatinho... Minha mamãe disse que pessoas que matam nem que seja uma única mosca não podem ir pro céu... Então eles não vão para o céu?

Mas... Eu quero que eles vão pro céu... Então eu vou ter que matá-los... E de forma dolorosa e violenta, certo? Ai eu serei uma boa amiguinha, né? Acho que sim. Mas depois eu vou para o céu?
 Eu marquei com eles para nos encontrarmos na floresta. Ainda não chegaram... Eu trouxe comigo o machado do papai, que ele usa para cortar lenha e cordas. Meu amiguinhos chegaram, eu deixei o machado escondido atrás da pedra ao lado da árvore, e também deixei ele camuflado pela neve. Coisas que meu papai havia me ensinado antes ir para a guerra.

 Eu amarrei meus amiguinhos na árvore. Eles acham que é uma brincadeira. Mas eu estou sendo uma boa amiguinha, certo? Estou levando eles para o céu. Eu pego o machado, ele é pesado... Será que vou agüentar usar ele nos meus amiguinhos? São ao todo 3 amiguinhos. Dois meninos e uma menina. Ataco primeiro um dos meninos. Ataquei primeiro na barriga, mas ele ainda não morreu. Ele grita e chora, o sangue dele se esparrama pela neve. Levantando o machado com dificuldade eu o atinjo no pescoço.

Ele foi para o céu. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Minha amiguinha pergunta o porquê eu estou fazendo isso, eu digo que é para levá-los para o céu, quando digo isso, dou uma machadada em sua cabeça. Ela foi para o céu Outra lágrima escorre. Só restou agora um menino, eu pego o machado e vou em sua direção. Ele me agradece, agradece por eu estar levando ele para o céu.

 Pego novamente o machado com dificuldade e atinjo seu pescoço. Ele vai para o céu. Outra lágrima percorre meu rosto. Eu estou suja de sangue, mamãe vai ficar brava. Novamente pego o machado com certa dificuldade, e começo a andar. Enquanto ando penso em tudo o que eu fiz e sorrio, levei meu amiguinhos para o céu. Eu fui uma boa amiga. Mas os papais e mamães deles vão ficar tristes porque nunca mais vão vê-los, mas eles foram para o céu. Então acho que eles vão ficar felizes.

 Enquanto estava distraída eu me perdi. Por mais que eu andasse não achava o caminho de volta então tropecei. Eu não havia percebido o barranco. O machado fugiu de minhas mãos. O barranco é grande e cheio de pedras, eu estou toda ferida. Dói muito . O machado havia sumido. Meus olhos procuram ele. Eu sinto algo puxar meus cabelos com força. Um homem. Mas ele não é do vilarejo, ele tem cara de quem está com frio e com fome. Deve ter se perdido como eu, agora será que ele vai cuidar de mim? Ele me arrasta um pouco e vai na direção do barranco. Ele volta, e está com o machado. Ele se aproxima de mim, e me ataca cravando o machado no meu peito. Eu vou para o céu... certo??? "


The end

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